Memórias da escolarização na zona rural do distrito de São José da Mata entre os anos de 1990 e 2010

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53528/geoconexes.v2i3.109

Palavras-chave:

Cultura Escolar, Memória, História Oral

Resumo

O presente texto está relacionado à pesquisa que vem sendo realizada no Mestrado em História do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Campina Grande, a qual pretende desenvolver um estudo sobre os processos de escolarização na zona rural de São José da Mata, município de Campina Grande, entre os anos de 1990 e 2010, tendo como objetivo problematizar as memórias afetivas dos alunos e professores no intuito de perceber como ocorreu a construção de suas identidades. Em consonância com a História da Educação, se pretende desenvolver uma análise baseada na Cultura Escolar empreendida nessas comunidades, ressaltando suas Práticas Educativas e as experiências da Educação do Campo. Portanto, a intenção é compreender o espaço escolar enquanto produtor de cultura, para além de um lugar de ensino. Para tanto, são utilizados os conceitos de Cultura Escolar de Dominique Julia (2001), a concepção de Representação articulada por Roger Chartier (2003), de Discurso a partir de Michel Foucault (1996), a respeito da Memória por Le Goff (2003) e de Sensibilidades a partir de Pesavento (2007). Por meio de uma escuta sensível se pretende ressignificar as memórias desses sujeitos, aliando a História Oral à análise bibliográfica e documental disponibilizadas pelas instituições de ensino e por ex-alunos e professores. Tal percurso toma como base a Análise de Conteúdo fundamentada por Laurence Bardin (2006) integrando o campo de pesquisas consideradas qualitativas.

Biografia do Autor

Cristiane Raposo Sousa Araujo, Universidade Federal de Campina Grande

Graduada em  História e Mestranda do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Campina Grande (2022). Professora efetiva de História - Ensino Médio, na rede estadual de ensino - Secretaria da Educação e da Ciência e Tecnologia. 

Referências

ALBERTI, Verena. Ouvir e Contar: Textos em História Oral. –Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de M. (org.). Usos e abusos da História Oral. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval M. de. Violar memórias e gestar a história: abordagem a uma problemática fecunda que torna a tarefa do historiador um parto difícil. Clio, vol. 1, n. 15, 1994. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24901 Acesso em: 19 de set. 2021.

BACELLAR, Carlos. Uso e mau uso dos arquivos. In: Fontes Históricas. PINSK, Carla Bassanezi (Org.). São Paulo: Contexto, 2008.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Trads. L. de A. Rego & A. Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 2006.

BARROS, José D’Assunção. História e memória – Uma relação na confluência entre tempo e espaço. Mouseion, vol. 3, n.5. Jan/Jul 2009. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/documentos/documentos/Mouseion/Vol5/historia_memoria.pdf Acesso em: 12 de set. 2021

CHARTIER, Roger. Formas e sentido. Cultura escrita: entre distinção e apropriação. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1, Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994

________________A Escrita da história/Michel de Certeau; tradução de Maria de Lourdes Menezes Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. In: DAYRELL, Juarez. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

DEMO, Pedro. Introdução ao ensino da metodologia da ciência. In: Introdução à metodologia da ciência. 2 Ed. São Paulo: Atlas, 1985.

FABRE, Michel. “Fazer de sua vida uma obra”. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.27, n.01, p.347-368, abr. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/bTSmDzF44MVC35xXXHpyYTx/abstract/?lang=pt Acesso em: 19 de set. 2021.

FALSARELLA, Ana Maria. Os estudos sobre a cultura da escola: Forma, tradições, comunidade, clima, participação, poder. Educação &Sociedade, Campinas, v. 39, n°. 144, p.618- 633, jul- set, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/rqNwn3Y5mT8sWs4vXJTRZFC/abstract/?lang=pt acesso em: 19 de set. 2021.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 3. ed. Trad. L. F. de A. Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 1996.

GASKELL, George. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, M. W., GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto: imagem e som: um manual prático. Tradução: Pedrinho A. Guareschi.- Petrópolis, RJ : Vozes, 2002.

JULIA, Dominique. A Cultura Escolar como Objeto Histórico. Revista Brasileira de História da Educação. n°1, p.9-43, jan./jun. 2001. Disponível em: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39195 Acesso em: 19 de set. 2021.

LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. Coleção: Experiência e Sentido.

LE GOFF, Jacques. Memória. História e Memória. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2003.

LOPES, Eliane Marta T. Fontes documentais e categorias de análise para uma história da educação da mulher. In: Teoria e Educação. Porto Alegre, n. 6, 1992, p. 105-114.

LOIZOS, Peter. Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto: imagem e som: um manual prático. Tradução: Pedrinho A. Guareschi.- Petrópolis, RJ : Vozes, 2002.

LUCHESE, Terciane Ângela. Modos de fazer História da Educação: pensando a operação historiográfica em temas regionais. História da Educação. Porto Alegre v. 18 n. 43 Maio/ago. 2014 p. 145-161. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3216/321630678010.pdf Acesso em: 19 de set. 2021.

MARQUES, Eliana de S. A.; CARVALHO, Maria Vilani C. de. O significado histórico de Práticas Educativas: um movimento que vai do clássico ao contemporâneo. Linguagens, Educação e Sociedade. Teresina, Ano 21, n. 35, jul./dez 2016.

MEIHY, José Carlos S. B; HOLANDA, Fabíola. História Oral: como fazer, como pensar. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2015.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. 3ed, Autêntica Editora, 2005.

_________. LANGUE, Frédérique. (Orgs.). Sensibilidades na história: memórias singulares e identidades sociais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente. Projeto História. V.14 jan/jun , 1997. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/11233 Acesso em: 22 de out. 2021.

________________História Oral e Poder. Mnemosine Vol.6, nº2, p. 2-13, 2010. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/view/41498 Acesso em: 22 de out. 2021.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Análise de Conteúdo. In: RICHARDSON, R. J. et.al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,1999.

SANTOS, Ramofly Bicalho. História da Educação do Campo no Brasil: O protagonismo dos movimentos sociais. Teias. v. 18, n. 51, Out. /Dez 2017. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24758 Acesso em: 19 de set. 2021.

SCHMIDT, Benito Bisso. Do que falamos quando empregamos o termo “subjetividade” na prática da história oral? In: História Oral, desigualdades e diferenças. Recife: Editora Universitária UFPE, 2012.

SILVA, A. P. et. Al. “Conte-me sua história”: reflexões sobre o método de História de Vida. Mosaico: estudos em psicologia. Belo

Downloads

Publicado

23/12/2022

Como Citar

ARAUJO, C. R. S. (2022). Memórias da escolarização na zona rural do distrito de São José da Mata entre os anos de 1990 e 2010. Geoconexões Online, 2(3), 02–14. https://doi.org/10.53528/geoconexes.v2i3.109

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.