"Os Corpos vivos também não mais se tocam”escrita como recurso subjetivo para elaboração do mal-estar pandêmico

Autores

  • Matheus da Cruz e Zica Centro de Educação / Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i1.45

Resumo

No presente artigo buscamos explorar a função da escrita para sujeitos diversos que a utilizaram, cada um a sua maneira, como forma de lidar com o mal estar imposto pelas circunstâncias ligadas ao surto do Covid 19 mundo afora. Teoricamente nos amparamos em noções que partem da psicanálise freudiana e lacaniana para pensar o lugar privilegiado que a arte ocupa para elaboração do trauma e da experiência. Para a análise que propormos foram selecionadas 4 crônicas publicadas entre o fim do mês de março e início de abril de 2020, coincidindo com o espanto inicial de juntos experimentarmos, em escala global, as primeiras semanas de confinamento e da austeridade das novas rotinas como a obsessão pelo uso do álcool em gel e máscaras. As autorias de cada uma das crônicas aqui selecionadas são de: uma psicanalista francesa, um escritor italiano, uma professora e um professor universitários do Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Pandemia, Função da Escrita, Subjetividade

Biografia do Autor

Matheus da Cruz e Zica, Centro de Educação / Universidade Federal da Paraíba

Licenciado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais, Pós-doutor em História da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Professor Associado do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Campina Grande – Linha 3: História Cultural das Práticas Educativas

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Publicado

06/12/2021

Como Citar

da Cruz e Zica, M. (2021). "Os Corpos vivos também não mais se tocam”escrita como recurso subjetivo para elaboração do mal-estar pandêmico. Geoconexões Online, 1(1), 136–150. https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i1.45