Quando “o ficar em casa” é ficar na prisão, a covid-19 e o isolamento das mulheres encarceradas na peniteniciária regional feminina de Campina Grande -PB

Autores

  • Maria Aparecida Figueiredo Monteiro ufcg

DOI:

https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i1.46

Resumo

O presente artigo configura-se em um relato de experiências acerca de como foi recepcionada a pandemia do novo coronavírus na Penitenciária Regional Feminina de Campina Grande, PB. Os modos como as mulheres em condição de encarceramento tiveram de adaptar-se e reinventar-se, seguindo as dinâmicas de medidas sanitárias e de distanciamento social encaminhadas pela Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba (SEAP), as quais as penalizava ainda mais com o consequente afastamento de seus familiares, visto que a proibição das visitas presenciais, veio potencializar as angústias e a solidão,  no lugar em que essas sensações já revelam-se sui generis. O objetivo, portanto, será apresentar os impactos subjetivos causados pela doença respiratória aguda no ambiente do cárcere feminino, mesmo não tendo atravessado seus muros, como a princípio conjecturou-se. Em segundo plano, o artigo apresenta uma análise sutil do punitivismo penal, voltado para mulheres, como pensamento que seleciona pessoas específicas para o cárcere, colaborando para a superlotação e disseminação do vírus que alterou o curso da história, a conduzindo para águas intranquilas.

Biografia Autor

Maria Aparecida Figueiredo Monteiro, ufcg

Graduada e mestra em História  pela Universidade Federal de Campina Grande(UFCG), bacharela  em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Publicado

2021-12-06

Como Citar

Monteiro, M. A. F. (2021). Quando “o ficar em casa” é ficar na prisão, a covid-19 e o isolamento das mulheres encarceradas na peniteniciária regional feminina de Campina Grande -PB. Geoconexões Online, 1(1), 90–101. https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i1.46