O Ciborgue ainda está no lugar: A escala inicial do comum

Autores

  • Ronaldo Ramos Pinto Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i2.36

Palavras-chave:

Lugar, Ciborgue, Comum

Resumo

O projeto neoliberal tem funcionado cada vez mais como dispositivo político da expropriação capitalista da riqueza social. Por sua vez os vários movimentos de resistência têm se utilizado de inovações em sua luta para manter esta riqueza social aberta através da produção do comum se contrapondo ao poder constituído. Esse artigo busca um entendimento inicial, alicerçado principalmente na perspectiva geográfica, de como se dá a produção do comum em relação as fragmentações espaciais geradas pelo neoliberalismo e pela globalização. Para isso adentramos no conceito de lugar tão discutido na Geografia, assim como buscamos analisar vários movimentos sociais recentes a partir de conceitos espaciais de Deleuze e Guattari. Inserimos também o ideário de sociedade ciborgue de Donna Haraway, a fim de compreender a nossa relação com a natureza, e pensar a importância que a técnica tem na produção do comum, em suas escalas variadas, assim como na produção de um retorno a ideia de um pensamento crítico.

Biografia do Autor

Ronaldo Ramos Pinto, Universidade Federal de São Carlos

Mestrando em Geografia pela Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba (Início em 2020). Licenciado em Geografia pela Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba (2020). Participante do Grupo de Pesquisa Formação Política de Professoras e Professores (GPFORPP). 

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Boitempo/Carta Maior.

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Publicado

26/11/2021

Como Citar

Ramos Pinto, R. (2021). O Ciborgue ainda está no lugar: A escala inicial do comum. Geoconexões Online, 1(2). https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i2.36

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