A Documentação e Memória:

Resgate da Produção do Arquiteto Renato Azevedo em Campina Grande – PB.

Resumo

O artigo tem como tema a documentação da produção arquitetônica do arquiteto paraibano Renato Azevedo (1968-1997) em Campina Grande, Paraíba, tomando como estudo de caso dois projetos que compõem o acervo arquitetônico moderno na cidade.  As obras analisadas serão o Museu de Arte Assis Chateaubriand (1974) e o Centro Cultural Lourdes Ramalho (1982). Enquanto pesquisa qualitativa, o artigo visa compartilhar os resultados da pesquisa em andamento sobre o atual estado da arte dessas obras observando os dados biográficos do arquiteto e as soluções projetuais e construtivas empregadas na produção dos exemplares localizados nas imediações do centro da cidade. Como metodologia, adotaram-se duas linhas: a primeira, proposta por SERRA (2006), diz respeito à caracterização dos processos e dos sistemas na elaboração de pesquisas científicas em Arquitetura e Urbanismo; já a segunda linha compreende métodos de análise das dimensões e elaboração dos estudos das propostas projetuais relacionadas às obras conforme AFONSO (2019). No texto, evidenciaram-se os processos da documentação e a importância do debate acerca do regaste documental arquitetônico moderno frente à descaracterização do acervo moderno regional. Diante disso, cabe refletir sobre o discurso da preservação patrimonial, ou seja, preservamos o que é antigo, mas e o novo? Onde se encaixa a arquitetura moderna nordestina? Não podemos “congelar” as cidades, de modo que se faz urgente documentar essa produção para o apoio ao resgate da memória e a produção historiográfica das obras.