Psicologia socioespacial:
a existência geográfica no meio ambiente
DOI:
https://doi.org/10.53528/geoconexes.v1i1.68Palavras-chave:
Pensamento geográfico, Geografia existencial, Psicologia existencial, Ontologia, LugarResumo
Ao passo de se configurar a psicologia socioespacial, prospectou-se a existência da circularidade entre a geopsicologia e a psicogeografia. Dessarte, a geografia psicológica no rumo do espaço ao existir e a psicologia geográfica do existir ao espaço, preocupam-se com a existência. Através da psicologia existencial, fomenta-se instruir, pelos conceitos heideggerianos, o ser-em (espacial) e o ser-com (social) para o Espaço social (ser-em-com) da existência geográfica. Disso, o meio ambiente transpassa a correlação entre a situação, a abertura existencial do meio e a relação, da bordura do circundante, o ambiente. Ainda, o mundo natural – ao ser-no-mundo – é base para o mundo mental – pelo mundo-no-ser –, concebendo, pois, uma trama de lugares provenientes do meio ambiente que configuram na consciência geográfica: nas memorias (históricas) e intenções (projetivas). Os lugares fornecem dimensões topofílicas e topofóbicas: sendo a primeira a dignidade saudável. Transpassa-se, pela trajeção, do corpo à mente o acoplamento dos lugares, interconectado o corporal (espacial) com o mental, consciente (temporal). Por fim, a saúde física e mental está ligada aos lugares: de trabalho, de morada, de espera etc. Assim, a psicologia socioespacial é também um projeto de política social visando à dignidade da existência geográfica.
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